segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Geração Coca-Cola? - parte I

Ultimamente algo que tenho pensado muito é em que geração estamos. O que esperar das crianças viciadas nos ''touchs'' da vida, o que esperar dos adolescentes que cada vez mais fogem do ''mundo real'' em para a diversão, o que esperar do esteriótipo que é imposto cada vez mais forte? Primeiramente, gostaria de falar das crianças. Digo por experiência pessoal, por que os eletrônicos vêm tomando o lugar das bonecas, dos carrinhos, das brincadeiras? Por que em vez de darmos atenção para a criança, colocamos um desenho para ela, ou damos algum joguinho eletrônico para distraí-la? Do meu ponto de vista, a resposta é simples: estamos tão acelerados com tudo o que acontece ao nosso redor, tão estressados e tão apressados que não temos tempo e muito menos a paciência necessária para dar atenção àquela criança que só quer brincar. Na minha época(e olha que eu não sou velha), não havia iPad, iPod, iPhone do meu pai pra me distrair no restaurante enquanto eu chorava. Nada contra o touch, mas eu acho que para criança é tudo tão virtual, tão na telinha, uma terceira dimensão deve fazer falta para o aprendizado dela, afinal, não tem jeito melhor de aprender do que brincando e descobrindo. Não tinha Discovery Kids 24h por dia pra me fazer dormir no meio da noite, apenas havia os bons e antigos desenhos da TV Cultura, que na minha opinião, são os melhores até hoje. Meus pais hoje comentam de como foi a infância deles, sair para brincar na rua, nadar no rio, jogar bola... Nunca tive isso, sempre sinto uma certa inveja deles quando o assunto é esse. Eu nem sei o nome dos meus vizinhos daqui da rua. Segurança é outro ponto que piora bastante a situação. Atualmente, nenhum pai colocaria seu filho para jogar bola na rua. Carros, violência, carros, violência. A sociedade nos ensinou a não confiar em estranhos, e agora mais do que nunca isso está sendo provado. O pessoal que mora em condomínio é bem menos afetado em relação à isso, mas aposto que não tem a mesma graça que tinha quando nossos pais saíam para brincar. Com um pouco de ansiedade(da boa), fico imaginando quando chegar a vez dos meus filhos. Vai demorar bastante, sim, mas se eu já me lamento com o modo com as crianças crescem hoje, imagina como isso será daqui uns 15 anos?